MITOS E VERDADES SOBRE FPS – QUANTO MAIS ALTO, MELHOR???
(Entendendo e desmistificando as siglas UVA, UVB, FPS, PPD, FPUVA, FPUVB…)
Fala comigo Brasil!
Hoje a dica é sobre o uso de Protetor Solar.
Então corra até a sua cômoda, bolsa, penteadeira, banheiro… e traga seu produtinho pra conferirmos se o que você usa hoje realmente está te protegendo ou se você está gastando seu dinheiro para prejudicar a sua saúde e a saúde da sua pele.
Bem sabemos que o uso de fotoprotetor/filtro solar/protetor solar/bloqueador solar nos dias de hoje vai além da estética, certo? Prezamos por ela, claro, mas acima de tudo pela saúde; e por isso, depois de muitas pesquisas e algumas consultas com dermatologistas, principalmente com a minha queridíssima, super, Biomédica Débora de Campos, venho trazer algumas informações que as propagandas não nos falam sobre como escolher o nosso protetor solar diário.
Bora lá?
Que a exposição excessiva ao sol não é boa para a saúde, nós já sabemos.
Mas em pequenas quantidades, a exposição aos raios ultravioleta é benéfica, pois eles são responsáveis por estimular a produção de vitamina D, que promove a absorção do cálcio (mineral importante na formação dos ossos e dentes), além de fortalecer o sistema imunológico e regular a pressão arterial, auxiliando na prevenção de doenças cardíacas. Pode também prevenir contra diabetes tipo 2, alguns tipos de câncer como o de mama, próstata, pulmão e intestino; e ainda agir como um antidepressivo.
Mas mesmo com a exposição saudável e moderada ao sol, devemos usar sempre o Protetor Solar; e devemos retocá-lo a cada 2 horas para ficarmos protegidos.
Uma dica importante é passar o protetor 30 minutos antes de se expor ao sol.
Mas como escolher o protetor solar certo?
Como o protetor é para uso diário, escolha aquele que não vai te incomodar no quesito textura, cor, durabilidade, sensação… para que possa fazer parte da sua rotina, pois você não deverá abrir mão dele em nenhuma das estações.
Outra dica importante é escolher aquele que é adequado ao seu tipo de pele.
Se você tem uma pele muito seca, não vai usar um protetor com efeito Super Matte e se a pele é oleosa, não vai usar um protetor a base de óleo pra brotar espinhas no rosto e ainda ficar com a aparência de frigideira pronta pra uma fritura, certo?
Por isso, se você tem dúvidas quanto ao seu tipo de pele, é importante o acompanhamento de um dermatologista.
E o Fator de Proteção?
O mais comum na escolha é olharmos o FPS. Certo?
_ Errado.
O FPS, sim, nos protege e devemos levá-lo em consideração. Mas não só ele.
Entendendo os fatores de proteção e do que devemos nos proteger…
FPS – Fator de Proteção Solar
PPD – Pigmentos Persistentes de Pigmentação (Tradução livre)
UV – Sigla para ultravioleta, que é um tipo de radiação eletromagnética transmitida a partir do sol e também de luz fria (celular, computador…). Existem 3 tipos de UV: UVA, UVB e UVC.
UVA – Responsável pelo foto envelhecimento e predispõe a pele ao surgimento do câncer. Esses raios são grandes geradores de radicais livres, flacidez, rugas e manchas na pele e podem causar, em algumas pessoas, diversos tipos de alergias.
Essa radiação, ao contrário da UVB, não é sentida como as queimaduras, ela atravessa a derme e a epiderme e não sentimos os tecidos serem queimados. Ela atravessa o vidro do carro, da janela e pode afetar a sua pele mesmo dentro de casa ou do local de trabalho.
ALERTA: Os raios UVA também estão presentes em câmaras de bronzeamento artificial, inclusive em doses mais altas do que na radiação solar.
UVB – Essa radiação também predispõe a pele ao surgimento do câncer, sendo mais intensa durante o verão, predominantemente entre as 10h da manhã e 16h da tarde; e é a responsável pelas queimaduras provocadas pelo sol, vermelhidão e pelo bronzeamento. O fato de ser mais intensa no verão, não faz com que o uso do protetor solar seja abolido em hipótese alguma, principalmente para as peles mais sensíveis.
UVC – Essa radiação é totalmente absorvida pelo oxigênio e o ozônio da atmosfera, não atingindo a superfície do planeta.
É altamente danosa à saúde e teríamos sérios problemas se ela atingisse a superfície terrestre. Também por este motivo, é muito importante proteger a camada de ozônio, para evitar que estes raios cheguem à superfície da Terra.
Agora que já estamos familiarizados com essas siglas, podemos escolher nosso protetor…
Então se você escolhe o seu avaliando apenas o FPS, se protege apenas da radiação UVB. E a UVA? É necessário que você localize o fator de proteção PPD ou anti-UVA ou FPUVA na embalagem.
De acordo com a ANVISA (normativa aprovada em 2012), todas as fórmulas de protetor solar devem conter esse fator (PPD/anti-UVA/FPUVA) e apresentar essa informação na embalagem.
Ok. Mas e agora? Como sei que o fator PPD vai me proteger?
O cálculo é bem simples! O número do PPD deve equivaler a no mínimo 1/3 (um terço) do FPS. Você precisará dividir o FPS pelo PPD e o resultado deve ficar entre 1 e 3.
E o ideal é que o número correspondente ao PPD na embalagem seja de no mínimo 12.
Por exemplo, se na embalagem o FPS é 50 e o PPD é 20, você divide 50 por 20 e chega ao resultado 2,5. Esse resultado mostra que você está protegido, não só da radiação UVB, como também da UVA.
E o FPS?
No mínimo, para garantir a proteção da pele, o fator FPS deve ser 30. Protetores com fator abaixo de 15 não possuem uma proteção segura. E acima de 50, 60… produzem basicamente o mesmo efeito do fator 50.
Jogada Comercial – Fique atento:
FPS 100 / 150 / 200 e seus mitos – Fator de Proteção acima de 50 não altera significativamente com relação à proteção, apenas com relação ao preço. Então se estiver em dúvida ao comprar um protetor de fator 100 que custe R$ 200,00 e um de fator 50, que custe R$ 100,00, fique com o mais barato, contanto que ele cumpra os quesitos determinados pela ANVISA (apresentando na fórmula e embalagem os fatores de proteção para UVA e UVB). Muitas empresas usam dessa jogada para vender os protetores por um custo muito mais alto em relação ao aumento de benefício de proteção, que é mínimo do fator 50 para 100.
Inclusive já fica aqui uma diquinha básica para que não se enganem com empresas que usam o nome “Bloqueador Solar”, pois de acordo com as novas regras do Mercosul, é vetado esse tipo de indicação nas embalagens, pois induz o consumidor a achar que 100% da radiação está sendo bloqueada. #SóqueNão
Fonte: https://www.sbcd.org.br/pagina/1796 e Folha de SP.
Protetor que não sai na água
Todos os protetores devem ser retocados a cada duas horas e, afirmar que ele não sai na água, é propaganda. O produto pode sim, ser mais resistente à água, mas se você não retocá-lo, acreditando que está protegido, estará se expondo ao risco de câncer de pele, queimaduras e muito mais.
Diquinha básica da Maia
É claro que não vamos deixar de tomar um solzinho, pegar uma praia ou uma piscininha, até porque faz bem para a saúde, se essa exposição for moderada e nos horários certos, antes das 10 e depois das 16 hrs. Mas não vamos nos esquecer de usar sempre o protetor solar com FPS de no mínimo 30, fator de proteção aos raios UVA e claro, usar e abusar dos óculos e chapéus, que além de auxiliar na proteção, nos deixam com looks maravilhosos para esses momentos de sol e lazer!
Essa foi a nossa dica de hoje e nos vemos na próxima segunda!
Ficou com alguma dúvida?
Deixe aqui nos comentários e eu irei te responder em breve!
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